Há vozes que passam e arranham,
sufocadas pela incapacidade de olhar,
esmagam as palavras inocentes,
desmembrando-as, uma a uma.
sufocadas pela incapacidade de olhar,
esmagam as palavras inocentes,
desmembrando-as, uma a uma.
Mergulham na lama da vergonha,
aquilo que não conseguem dizer,
são mudos, cegos, castrados...
perderam o sentido do sentir,
manipularam a alma,
despindo-a de utopias.
E assim, presos por trelas de preconceitos,
canibalizam o seu coração,
com medo de que ele os possa trair,
tombam nas sarjetas dos outros,
encarquilhados pelo absinto da inveja,
saboreiam o veneno que destilam...
Na loucura assistida por uma vida vazia,
sonham que existem, pensam que sabem,
e morrem, embriagados nesse engano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário