quarta-feira


Vejo-te partir sem teres chegado,
em naufrágio sem caravela,
num mar quieto e sossegado,
longe de mim, perto dela...

na solidão do porto, vejo uma a uma,
as ondas, melancólicas e sofridas,
desmaiando nas rochas, rasgando-se em espuma,
perdendo a força, a alegria, doridas...

solto ao vento os meus tormentos,
largo à chuva as lágrimas,
espero uns momentos
e abandono as minha lástimas...

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