Despes-me, tiras-me a roupa,
fica o sapato, atrevido e descarado.
Com mil caricias, fazes-me louca
e calçada, piso-te o ventre, danada.
Com ares de libertino e provocador,
desistes do corpo, mas o pé agarras.
Perdes a decência, fazes-te pecador,
esqueces as fronteiras, soltas as amarras.
Fica o sapato, caído, mas altivo,
acetinado, abandonado, mas fascinado
com o desejo que soltou, vibrante, vivo.
E quieto, fica, à espera de ser apanhado...
Um comentário:
Bom dia! Palavras intensas, bonitas.
Bjs e bom fim de semana!
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