terça-feira

Não passamos de animais sangrados,
fechados em curros, machos castrados,
fêmeas murchas, somos bichos em manada,
sem vontade ou ímpeto, sem bravura ou coragem,
marchamos sem vontade pelo caminho que surge
não questionamos, não perguntamos, não fugimos
e inevitavelmente, surge a matança, o massacre
das vontades e das ideias, dos sonhos ...

Não tenham ilusões, essas são farpas,
nada mais, e se para viver, temos que morrer,
algures, entre o hoje e o amanhã,
que seja em fúria e tempestade,
vendaval e lama, olhos nos olhos
no bandarilheiro do destino.

Um comentário:

Nuno Loio disse...

A ferida vive sob o coração, onda as farpas não chegam.