
tal como me deixaste ficar a meio do caminho.
Esvazio a alma, do que foi, do que amei, do que doeu,
escondo-me fora do tempo, torno-me o meu anjo da guarda,
o corpo que te amou, agora caminha sozinho,
invólucro precioso do sentir, agora derrotado,
que te depositei ao teus pés.
Ao longe, vigio-me, guardo os meus passos,
recuso-me a voltar a ser eu, permaneço na ausência,
no nada ter ou querer, na anestesia dos sentidos,
apenas vejo o branco suave do lençol, onde enrolei o coração,
que transporto, fora de mim, num abraço materno,
até que, um dia, seja seguro deixá-lo bater outra vez.
4 comentários:
Sarava!
gostei.
beijinho
gosto. de lençois amarfanhados...
de verdade.
beijos
Lindo...
;)
Ha momentos que é preciso se resguardar,se proteger e cuidar descansando.
Para "Nascer" !
Lindo
Denise
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