sábado


O ar que respiras pesa-te, estala-te o peito, é a solidão que chega, outra vez, cresce-te a agonia, a dor rasgada, dentro, bem dentro do teu coração.. Sabes, sabes bem o que vem a seguir, a exaustão, a fadiga, os pensamentos que se enrolam, sem nexo aparente, que te mostram o caminho, o trilho,a velha estrada, onde tantas, tantas vezes,e stiveste parada, de braços caídos, perguntando vezes sem conta, se seria melhor ir por ali...


Mergulhas, despida de piedade ou revolta, nas águas que te afogam o grito, e deixas que a sonolência do teu sangue, te embale e te deixe dormir, te faça esquecer, as chicotadas de solidão, que te cortam a alma, cada vez que levantas a cabeça, cada vez que pensas que está tudo bem, cada vez que pensas que conseguiste...


E afinal, nada mudou, imaginaste flores na charneca, inventaste bosques no deserto, canto de passáros no silêncio, naquele silêncio, que tão bem conheces, e que um dia, talvez um dia, faças dele a tua voz!

Um comentário:

Guilherme F. disse...

sublime.
Gostei das novas palavras e do regresso.
bj
Gui
coisasdagaveta.blogs.sapo.pt